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O Golpe

Tato Moura

Quem pensou
Que era pra nunca mais
E viu o trem da história
Que passava sem memória por nós
Por entre um cemitério
E seus túmulos abertos
Sem retina
Na queimadura que contrai
O seio de uma bailarina
Que desfaz o nervo genocida
De uma ideia primitiva
Subdesenvolvida
De um torturador

Quem falou
De um dos problemas meus
De achar um tanto estranho
O filho do Diabo falando em Deus
De ver um tribunal
Onde o bandido é quem julga
À família
Um pensamento sórdido
Escondido em longa letargia
De cinismo, hipocrisia
Farsa, demagogia
Tirania que devia ter morrido
De inanição

Quem andou
Sem saber por onde andar
E assistiu embasbacado um teatro
Que foi de horrorizar
Um parasita e seus pares
Bebendo toda água suja
Ensandecida
Fazendo mercadoria até dos vermes
Que tem na barriga
Nesse atalho provará da sua navalha
Seu canalha
Que lhe valha esse raio que o parta
Seu canalha, seu ladrão

Quem então
Chegou a acreditar
Que o fruto da terra contaminada
Poderia germinar
Que o capim de superfície
É a própria erva daninha
Que isso sirva
Pra saber que o caroço do inço
Não dá margarida
Ser agora um vigilante
E com fome de justiça no semblante
Pronto pra qualquer instante
Ver o circo desabar

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