
Preconceito de Cor
Bezerra da Silva
Racismo institucional e denúncia social em “Preconceito de Cor”
“Preconceito de Cor”, de Bezerra da Silva, faz uma crítica direta ao racismo estrutural e à seletividade do sistema penal brasileiro. Logo no início, ao mencionar a prisão do “Escadinha” — um criminoso conhecido do Rio de Janeiro —, Bezerra ironiza a facilidade com que a polícia prende pessoas pobres e negras das favelas, enquanto os verdadeiros criminosos de “primeiro time”, os de colarinho branco, seguem impunes. Essa abordagem evidencia como a cor da pele e a origem social influenciam quem é alvo da repressão policial, refletindo práticas históricas de criminalização da pobreza e da negritude no Brasil.
A letra utiliza uma linguagem popular para questionar a hipocrisia das autoridades: “Porque é que o doutor não prende aquele careta que só faz mutreta e só anda de terno?”. Bezerra denuncia que crimes de corrupção, geralmente cometidos por pessoas brancas e ricas, não recebem o mesmo rigor da lei. O refrão “Isso é preconceito de cor, vou provar ao senhor” reforça a denúncia do racismo institucional, mostrando que a justiça é seletiva. Ao afirmar “Eu assino embaixo, doutor, por minha rapaziada / Somos crioulos do morro, mas ninguém roubou nada”, o artista se coloca como porta-voz da comunidade negra e favelada, expressando indignação e solidariedade diante da injustiça. Assim, a música transforma o samba em uma ferramenta de crítica social, dando voz à dor e à revolta de quem vive à margem da sociedade.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Bezerra da Silva e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: