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Fazer loginÉ impossível falar da biografia de Alcione sem comentar sua importância para a música brasileira, especialmente o samba.
Dona de uma voz grave inconfundível, a Marrom tem 30 álbuns de estúdio e nove discos ao vivo, tendo vendido mais de 8 milhões de cópias ao longo de seus 50 anos de carreira.
Mas por pouco a história não foi completamente diferente. A cantora começou a vida profissional longe da música, nas salas de aula de um colégio em São Luís, e precisou lutar muito para construir a carreira de sucesso que hoje conhecemos.
Vem conhecer tudo sobre Alcione, um dos grandes nomes da música nacional!
A biografia de uma das rainhas do samba brasileiro começa em 21 de novembro de 1947, em São Luís do Maranhão, onde a cantora Alcione nasceu.
Filha de um policial e professor de música e de uma dona de casa, a cantora foi a quarta de nove filhos em uma família marcada pelas sucessivas relações extraconjugais do patriarca.
O nome da artista foi inspirado na protagonista da obra Renúncia, livro espírita psicografado por Chico Xavier, religião que a cantora segue até hoje.
O jeito para a música não demorou muito a aparecer. A então pequena Alcione gostava de acompanhar o pai nos ensaios da banda da Polícia Militar e, em pouco tempo, a menina já estava inserida no universo musical maranhense.
Para entender quem é Alcione, é preciso saber que o pai da cantora, João Carlos Dias Nazareth, foi em grande parte responsável pela bem-sucedida carreira de uma das maiores artistas do Brasil.
Ele era mestre da Banda da Polícia Militar e iniciou a filha nos estudos de instrumentos de sopro, como trompete e clarinete, antes de ela completar 10 anos.
Na mesma época, Alcione começou a se apresentar em eventos da família, festas da escola e festejos religiosos, dando início a sua vida profissional.
Aluna do curso de magistério, Alcione se formou na escola aos 18 anos, já apta a se tornar professora do ensino fundamental, e foi justamente isso que ela fez.
A Marrom dividia seu tempo entre os estudos de trompete e o trabalho em uma escola de São Luís, mas logo ficou claro que seu destino não seria a sala de aula.
Insistente em lecionar música para seus alunos, Alcione acabou demitida diante do desagrado da direção da escola. O caminho finalmente estava livre para que ela pudesse se dedicar a seu grande sonho e se tornar uma grande sambista.
Pouco depois da demissão da escola, a artista conseguiu uma vaga para se apresentar na TV do Maranhão, onde conquistou um espaço fixo até a década de 1970 devido a seu imenso talento e carisma.
O principal salto na biografia de Alcione, sem dúvidas, é sua mudança para o Rio de Janeiro, em 1972. Embora não conhecesse nada nem ninguém na Cidade Maravilhosa, a cantora logo percebeu que havia encontrado um novo lar.
Com a ajuda do cantor Everaldo, um de seus amigos mais próximos, a Marrom se estabeleceu no Rio e passou a se apresentar na noite, em bares e boates espalhados por todos os cantos da cidade.
Naquele período, a cantora lançou seu primeiro compacto, com as faixas Figa de Guiné e O Sonho Acabou. Também fisgou vagas em concursos de calouros e começou a se tornar mais conhecida, com destaque para a participação no programa A Grande Chance, da TV Tupi.
Foi também na TV que emplacou sua primeira música na abertura de uma novela: O Rebu contava com uma versão de Planos de Papel, de Raul Seixas, cantada pela sambista.
A TV rendeu, ainda, uma série de hits para a cantora, como Você Me Vira a Cabeça, Pode Esperar e outras canções que encantaram o Brasil inteiro, incluindo Meu Ébano (2005), sensação nacional com o refrão “Você é um negão de tirar o chapéu”.
O primeiro contrato profissional foi assinado com a TV Excelsior, para apresentar o programa Sendas do Sucesso. A notoriedade aumentou e, seis meses depois, Alcione estava viajando em turnê pela primeira vez na vida.
A biografia da Alcione foi impactada por sua primeira turnê, maior e mais importante do que muita gente possa imaginar.
Ela viajou por todo o Brasil e cantou em quase todos os países da América do Sul: um salto e tanto para quem passou a maior parte da vida em São Luís do Maranhão.
Da turnê surgiu a primeira grande oportunidade internacional, uma proposta para fazer turnê pela Itália. Alcione gostou tanto da ideia que acabou vivendo no país europeu por dois anos.
Ao voltar para o Brasil, em meados da década de 1970, a cantora recebeu um convite para conhecer a quadra da Estação Primeira de Mangueira, e começou ali uma relação que dura até hoje.
A Marrom até lançou uma série de músicas em homenagem à escola de samba do Rio de Janeiro, como Mangueira é Mãe e Mangueira, Estação Primeira.
A inspiração do samba carioca também rendeu louros para a carreira da cantora: em 1975 ela lançou Não Deixe o Samba Morrer, sucesso que lhe logrou a primeira certiicação em ouro.
A biografia de Alcione caminha lado a lado com a história do samba, seu grande amor. Na vida pessoal, porém, nunca houve um casamento oficial.
A cantora sempre teve relacionamentos sólidos, embora nunca tenha se casado no papel. Em entrevistas, a Marrom nunca escondeu que não desejava viver com um companheiro sob o mesmo teto.
Se não queria casar, a maternidade sempre foi um dos maiores sonhos da cantora, mas Alcione não teve filhos.
Diagnosticada com problemas de fertilidade, ela tentou tratamentos médicos e espirituais ao longo dos anos, porém não logrou efeito. Ela nunca escondeu sua frustração em não ter alcançado o sonho da maternidade.
Do começo da carreira até os dias de hoje, a biografia de Alcione é profundamente marcada por sua bem-sucedida empreitada no mundo da música.
A cantora já recebeu um Grammy Latino e é multicampeã do Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Cantora Popular.
A artista também está imortalizada no Teatro Alcione Nazareth e no Elevado Alcione Nazareth, ambos em São Luís do Maranhão, além de ter sido homenageada em diversos sambas-enredo no Carnaval do Rio de Janeiro.
A jornada de Alcione pelo universo da TV não acabou ao fim do contrato com a TV Excelsior, na década de 1970. Ao longo de sua carreira, a Marrom deu as caras em muitos projetos nas telinhas.
Na Rede Globo, a cantora fez participações em novelas e programas: Por Amor (1997), O Clone (2001), Amazônia (2007), Zorra Total (2011), Cheias de Charme (2012), Salve Jorge (2013), Mister Brau (2015) e A Força do Querer (2017).
E não foi só nas telinhas que ela apareceu: Alcione também coleciona músicas em aberturas e trilhas de novelas, como A Regra do Jogo (2015), Segundo Sol (2018) e muitas outras!
A biografia de Alcione é pontilhada por grandes hits atemporais, como Você Me Vira a Cabeça, A Loba e a icônica regravação de Não Deixe o Samba Morrer, considerada uma das melhores da música brasileira.
Agora que você já sabe tudo sobre a vida e a obra da artista, aproveite para conhecer as melhores músicas de Alcione, uma das Rainhas do Samba!
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