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Biografia de Alcione: tudo sobre a rainha do samba brasileiro

Você já conhece a história de vida da cantora Alcione? Então, não perca a nossa biografia com os fatos mais marcantes da carreira e da trajetória de uma das maiores sambistas do Brasil.

Biografias · Por Ana Paula Marques

23 de Novembro de 2022, às 12:00

É impossível falar da biografia de Alcione sem comentar sua importância para a música brasileira, especialmente o samba.

alcione-biografia
Créditos: Divulgação

Dona de uma voz grave inconfundível, a Marrom tem 30 álbuns de estúdio e nove discos ao vivo, tendo vendido mais de 8 milhões de cópias ao longo de seus 50 anos de carreira.

Mas por pouco a história não foi completamente diferente. A cantora começou a vida profissional longe da música, nas salas de aula de um colégio em São Luís, e precisou lutar muito para construir a carreira de sucesso que hoje conhecemos.

Vem conhecer tudo sobre Alcione, um dos grandes nomes da música nacional!

Biografia de Alcione, a Rainha do Samba

A biografia de uma das rainhas do samba brasileiro começa em 21 de novembro de 1947, em São Luís do Maranhão, onde a cantora Alcione nasceu. 

Filha de um policial e professor de música e de uma dona de casa, a cantora foi a quarta de nove filhos em uma família marcada pelas sucessivas relações extraconjugais do patriarca.

Alcione e os irmãos em seu aniversário de 70 anos. Créditos: Divulgação

O nome da artista foi inspirado na protagonista da obra Renúncia, livro espírita psicografado por Chico Xavier, religião que a cantora segue até hoje. 

O jeito para a música não demorou muito a aparecer. A então pequena Alcione gostava de acompanhar o pai nos ensaios da banda da Polícia Militar e, em pouco tempo, a menina já estava inserida no universo musical maranhense.

Biografia de Alcione: talento passado no sangue

Para entender quem é Alcione, é preciso saber que o pai da cantora, João Carlos Dias Nazareth, foi em grande parte responsável pela bem-sucedida carreira de uma das maiores artistas do Brasil.

Ele era mestre da Banda da Polícia Militar e iniciou a filha nos estudos de instrumentos de sopro, como trompete e clarinete, antes de ela completar 10 anos.

Alcione tocando trompete. Créditos: Divulgação

Na mesma época, Alcione começou a se apresentar em eventos da família, festas da escola e festejos religiosos, dando início a sua vida profissional.

Da sala de aula para os palcos

Aluna do curso de magistério, Alcione se formou na escola aos 18 anos, já apta a se tornar professora do ensino fundamental, e foi justamente isso que ela fez.

A Marrom dividia seu tempo entre os estudos de trompete e o trabalho em uma escola de São Luís, mas logo ficou claro que seu destino não seria a sala de aula.

Insistente em lecionar música para seus alunos, Alcione acabou demitida diante do desagrado da direção da escola. O caminho finalmente estava livre para que ela pudesse se dedicar a seu grande sonho e se tornar uma grande sambista.

Créditos: Divulgação

Pouco depois da demissão da escola, a artista conseguiu uma vaga para se apresentar na TV do Maranhão, onde conquistou um espaço fixo até a década de 1970 devido a seu imenso talento e carisma. 

Mudança para o Rio e o estrelato

O principal salto na biografia de Alcione, sem dúvidas, é sua mudança para o Rio de Janeiro, em 1972. Embora não conhecesse nada nem ninguém na Cidade Maravilhosa, a cantora logo percebeu que havia encontrado um novo lar.

Alcione em 1978. Créditos: Divulgação

Com a ajuda do cantor Everaldo, um de seus amigos mais próximos, a Marrom se estabeleceu no Rio e passou a se apresentar na noite, em bares e boates espalhados por todos os cantos da cidade.

Naquele período, a cantora lançou seu primeiro compacto, com as faixas Figa de Guiné e O Sonho Acabou. Também fisgou vagas em concursos de calouros e começou a se tornar mais conhecida, com destaque para a participação no programa A Grande Chance, da TV Tupi.

Alcione na TV

Foi também na TV que emplacou sua primeira música na abertura de uma novela: O Rebu contava com uma versão de Planos de Papel, de Raul Seixas, cantada pela sambista.

A TV rendeu, ainda, uma série de hits para a cantora, como Você Me Vira a Cabeça, Pode Esperar e outras canções que encantaram o Brasil inteiro, incluindo Meu Ébano (2005), sensação nacional com o refrão “Você é um negão de tirar o chapéu”.

O primeiro contrato profissional foi assinado com a TV Excelsior, para apresentar o programa Sendas do Sucesso. A notoriedade aumentou e, seis meses depois, Alcione estava viajando em turnê pela primeira vez na vida.

A vida fora do Brasil

A biografia da Alcione foi impactada por sua primeira turnê, maior e mais importante do que muita gente possa imaginar. 

Ela viajou por todo o Brasil e cantou em quase todos os países da América do Sul: um salto e tanto para quem passou a maior parte da vida em São Luís do Maranhão.

Da turnê surgiu a primeira grande oportunidade internacional, uma proposta para fazer turnê pela Itália. Alcione gostou tanto da ideia que acabou vivendo no país europeu por dois anos.

Retorno ao lar

Ao voltar para o Brasil, em meados da década de 1970, a cantora recebeu um convite para conhecer a quadra da Estação Primeira de Mangueira, e começou ali uma relação que dura até hoje.

Alcione em desfile da Mangueira. Créditos: Divulgação

A Marrom até lançou uma série de músicas em homenagem à escola de samba do Rio de Janeiro, como Mangueira é Mãe e Mangueira, Estação Primeira.

A inspiração do samba carioca também rendeu louros para a carreira da cantora: em 1975 ela lançou Não Deixe o Samba Morrer, sucesso que lhe logrou a primeira certiicação em ouro.

Biografia de Alcione: casada com o samba

A biografia de Alcione caminha lado a lado com a história do samba, seu grande amor. Na vida pessoal, porém, nunca houve um casamento oficial.

Créditos: Divulgação

A cantora sempre teve relacionamentos sólidos, embora nunca tenha se casado no papel. Em entrevistas, a Marrom nunca escondeu que não desejava viver com um companheiro sob o mesmo teto.

Se não queria casar, a maternidade sempre foi um dos maiores sonhos da cantora, mas Alcione não teve filhos

Diagnosticada com problemas de fertilidade, ela tentou tratamentos médicos e espirituais ao longo dos anos, porém não logrou efeito. Ela nunca escondeu sua frustração em não ter alcançado o sonho da maternidade.

A consagração musical de Alcione

Do começo da carreira até os dias de hoje, a biografia de Alcione é profundamente marcada por sua bem-sucedida empreitada no mundo da música.

A cantora já recebeu um Grammy Latino e é multicampeã do Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Cantora Popular.

Alcione e o Grammy. Créditos: Divulgação

A artista também está imortalizada no Teatro Alcione Nazareth e no Elevado Alcione Nazareth, ambos em São Luís do Maranhão, além de ter sido homenageada em diversos sambas-enredo no Carnaval do Rio de Janeiro.

Multitalentos de Alcione: da música para a TV

A jornada de Alcione pelo universo da TV não acabou ao fim do contrato com a TV Excelsior, na década de 1970. Ao longo de sua carreira, a Marrom deu as caras em muitos projetos nas telinhas.

Na Rede Globo, a cantora fez participações em novelas e programas: Por Amor (1997), O Clone (2001), Amazônia (2007), Zorra Total (2011), Cheias de Charme (2012), Salve Jorge (2013), Mister Brau (2015) e A Força do Querer (2017).

Alcione em cena da novela Cheias de Charme. Créditos: Divulgação

E não foi só nas telinhas que ela apareceu: Alcione também coleciona músicas em aberturas e trilhas de novelas, como A Regra do Jogo (2015), Segundo Sol (2018) e muitas outras!

Qual a contribuição de Alcione para a música? Conheça os melhores hits

A biografia de Alcione é pontilhada por grandes hits atemporais, como Você Me Vira a Cabeça, A Loba e a icônica regravação de Não Deixe o Samba Morrer, considerada uma das melhores da música brasileira.

Agora que você já sabe tudo sobre a vida e a obra da artista, aproveite para conhecer as melhores músicas de Alcione, uma das Rainhas do Samba!

As melhores: Alcione