A Urgência

A crítica à apatia social em “A Urgência” do Dead Fish

"A Urgência", do Dead Fish, aborda de forma direta o contraste entre o desejo de mudança e a apatia coletiva. Logo no início, versos como “Hoje é o dia da revolução / Não há ninguém nas ruas / Você está sozinho / Pronto pra sujar as mãos” mostram o protagonista isolado, pronto para agir enquanto a sociedade permanece inerte. Essa solidão diante do chamado à ação destaca a crítica à espera por mudanças externas e à falta de responsabilidade individual.

A letra, escrita por Rodrigo Lima durante um momento de frustração e intensidade emocional em uma chuva no Rio de Janeiro, carrega um tom urgente e incisivo. O trecho “Esquecer tudo o que leu / Más teorias pra cuspir” propõe abandonar discursos vazios e buscar autenticidade nas ações. O verso “Há urgência em estar vivo / Outra forma de pensar” resume o apelo central: é preciso coragem para desafiar padrões, assumir consequências e dar valor real às escolhas, indo além do consumismo e da idolatria. O refrão “Implodir, implodir / Implodir de novo” simboliza a necessidade de uma transformação interna profunda, destruindo antigas estruturas mentais para abrir espaço a novas atitudes. A energia intensa da música, refletida nos shows com mosh pits e stage dives, reforça essa mensagem de inquietação e renovação, tornando "A Urgência" um hino de resistência pessoal e coletiva.