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Muito além das redes sociais: tecnologias utilizadas no k-pop

Redes sociais e internet, metaverso, challenges do TikTok e inteligência artificial. Saiba tudo sobre as tecnologias do k-pop.

#kpoppers · Por Karoline Póss

10 de Setembro de 2023, às 12:00

O avanço tecnológico está por todos os lados, inclusive no mundo da música, contribuindo ativamente nas produções musicais e experiências de fãs. Isso fica ainda mais nítido quando pensamos nas tecnologias utilizadas no k-pop.

Tecnologias utilizadas no k-pop
Créditos: Divulgação

Seja no simples uso de redes sociais ou na chegada dos idols ao metaverso, essas tecnologias têm sido fortes aliadas para alavancar a popularidade dos artistas e aproximá-los do seu público.

Por outro lado, também há a preocupação quanto ao limite entre o real e o virtual, como grupos formados por idols de inteligência artificial e o que esse crescente mercado pode representar a longo prazo.

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Uso inteligente das redes sociais e internet

Qual a importância da internet para o k-pop? Toda! Afinal, o k-pop já está por aí desde os anos 90, e sua ascensão mundial acompanhou o avanço da internet, com as plataformas de streaming de áudio e vídeo facilitando o acesso às músicas e aos k-dramas.

As redes sociais também tiveram um papel importante para a interação entre as comunidades de fãs, o contato dos artistas com o público internacional e, claro, a divulgação, com cronogramas de teasers que geram grandes expectativas sobre o que está por vir.

Os challenges do TikTok

As “dancinhas do TikTok” também chegaram no k-pop, mas em um nível elevado: Zico e Hwasa lançaram a tendência dos challenges em 2020 com seu vídeo dançando Any Song, que viralizou na Coreia e foi replicado por milhares de fãs ao redor do mundo.

Muitos nomes entraram na onda da nova ferramenta de divulgação que impactou a indústria do k-pop e sua produção musical, como artistas que apostaram em coreografias mais fáceis, que os fãs pudessem acompanhar e replicar.

Mas a jogada também teve o seu lado negativo quando o público percebeu a queda de qualidade, já que uma das grandes marcas do k-pop sempre foi a complexidade das coreografias.  

As músicas também estão cada vez mais curtas, bem como a preferência por singles ou mini-álbuns em vez de álbuns completos.

Essa é uma carta boa para os charts, já que as músicas podem ser reproduzidas mais vezes em menos tempo, mas os fãs também lamentam a escassez de discos longos e coesos.

Integração de avatares

Além da forte presença nas redes sociais, os idols também ganharam avatares para interações on-line com os fãs, como no game Zepeto. O aespa, no entanto, foi além.

A SM Entertainment é uma das grandes inovadoras do k-pop, e o lançamento de um grupo formado por integrantes com correspondentes virtuais (æ) conquistou manchetes. Mas isso é só uma pequena parte de todo o universo virtual que o grupo integra, e assim chegamos ao metaverso.

Metaverso

Se você acompanha o aespa e/ou outros artistas da SM Entertainment, provavelmente já ouviu falar de Kwangya, o multiverso da empresa que engloba uma grande narrativa de ficção científica inspirada no Universo Cinematográfico da Marvel. 

Tudo isso faz parte do SM Culture Universe (SMCU) e Kwangya, que significa “deserto” em coreano, é uma dimensão que foi tomada por um vírus chamado Black Mamba — sim, o mesmo da música de debut do aespa. 

Nessa longa história, contada através de diversas músicas, MVs e até uma minissérie produzida pela SM Entertainment, os idols buscam derrotar a Black Mamba para chegar ao Kosmo, uma nova dimensão ainda não explorada.  

Para alguns fãs, essa ideia ainda pode parecer confusa ou até mesmo cringe, e o SMCU sofreu grandes críticas desde sua implantação. Mesmo assim, a SM não parece se abalar e continua a inserir cada vez mais camadas na complexa narrativa que segue em desenvolvimento.

AR, VR e hologramas

Realidade aumentada, realidade virtual e hologramas também não são novidade no k-pop. Em 2015, o grupo INFINITE foi um dos pioneiros a lançar um MV com tecnologia 360 VR, onde fãs podiam ter uma experiência imersiva ao assisti-lo com óculos especiais.

A tecnologia VR também foi vista mais recentemente no programa de sobrevivência GIRL’S RE:VERSE, que levou 30 cantoras a competirem entre si para fazer parte de um grupo de 3D. Graças à tecnologia de captura VR, as expressões e movimentos das idols eram projetadas em seus avatares.

Já na cerimônia de abertura do Campeonato Mundial de League of Legends, vimos as integrantes do grupo virtual K/DA subirem no palco ao lado de Madison Beer, Jaira Burns, Miyeon e Soyeon do (G)I-DLE, graças a uma realidade aumentada tão detalhada que as personagens do jogo até refletiam no chão espelhado como pessoas reais.

Apresentações em holograma são mais antigas ainda, e mais uma vez ligam a tecnologia do k-pop à SM Entertainment, quando o grupo da primeira geração H.O.T teve um evento 3D em 1998.

Em 2013, o Girls’ Generation também teve um concerto virtual, em que as integrantes performaram seus grandes sucessos com hologramas em tamanho real.

Inteligência artificial

Nos últimos anos, a tendência de grupos formados por membros de IA tem crescido, e a razão por trás dessa demanda é preocupante. Afinal, idols humanos não são perfeitos.

Em uma entrevista dada à BBC em 2022, Park Jieun, CEO da empresa de tecnologia de deep learning Pulse9, responsável pela criação do grupo IA Eternity, disse que os escândalos do k-pop são “um risco para os negócios”.

Afinal, idols humanos ficam doentes, precisam lidar com a pressão do público, agenda lotada e possuem limitações físicas essas que podem ser facilmente dribladas por idols digitais, que jamais ficariam exaustos ou desanimados.

Na mesma entrevista, Yewon do grupo Mimiirose, uma idol em carne e osso, disse que teme que “os personagens virtuais tomem o lugar dos ídolos humanos”.

Embora a opinião do público internacional sobre grupos como Eternity, MAVE e Plave sejam mistas, a proposta parece ter chegado para ficar e tem ganhado cada vez mais força na Coreia, e teremos que aguardar para ver os próximos passos desse mercado.

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